MANGANÊS (Mn).
O manganês é um metal cinza semelhante
ao ferro, porém mais duro e quebradiço.
Os óxidos, carbonatos e silicatos de manganês
são os mais abundantes na natureza e caracterizam-se
por serem insolúveis na água. O composto
ciclopentadienila-tricarbonila de manganês é
bem solúvel na gasolina, óleo e álcool
etílico, sendo geralmente utilizado como agente
anti-detonante em substituição ao chumbo
tetraetila.
Entre as principais aplicações industriais
do manganês, destacam-se a fabricação
de fósforos de segurança, pilhas secas,
ligas não-ferrosas (com cobre e níquel),
esmalte porcelanizado, fertilizantes, fungicidas, rações,
eletrodos para solda, magnetos, catalisadores, vidros,
tintas, cerâmicas, materiais elétricos
e produtos farmacêuticos (cloreto, óxido
e sulfato de manganês). As exposições
mais significativas ocorrem através dos fumos
e poeiras de manganês.
O trato respiratório é a principal via
de introdução e absorção
desse metal nas exposições ocupacionais.
No sangue, esse metal encontra-se nos eritrócitos,
20-25 vezes maior que no plasma.
Os sintomas dos danos provocados pelo manganês
no SNC podem ser divididos em três estágios:
1º: subclínico (astenia, distúrbios
do sono, dores musculares, excitabilidade mental e movimentos
desajeitados); 2º: início da fase clínica
(transtorno da marcha, dificuldade na fala, reflexos
exagerados e tremor), e 3º: clínico (psicose
maníaco-depressiva e a clássica síndrome
que lembra o Parkinsonismo). Além dos efeitos
neurotóxicos, há maior incidência
de bronquite aguda, asma brônquica e pneumonia.