CHUMBO (Pb).
Há mais de 4.000 anos o chumbo é utilizado
sob várias formas, principalmente por ser uma
fonte de prata. Antigamente, as minas de prata eram
de galena (minério de chumbo), um metal dúctil,
maleável, de cor prateada ou cinza-azulada, resistente
à corrosão. Os principais usos estão
relacionados às indústrias extrativa,
petrolífera, de baterias, tintas e corantes,
cerâmica, cabos, tubulações e munições.
O chumbo pode ser incorporado ao cristal na fabricação
de copos, jarras e outros utensílios, favorecendo
o seu brilho e durabilidade. Assim, pode ser incorporado
aos alimentos durante o processo de industrialização
ou no preparo doméstico.
Compostos de chumbo são absorvidos por via respiratória
e cutânea. Os chumbos tetraetila e tetrametila
também são absorvidos através da
pele intacta, por serem lipossolúveis.
O sistema nervoso, a medula óssea e os rins são
considerados órgãos críticos para
o chumbo, que interfere nos processos genéticos
ou cromossômicos e produz alterações
na estabilidade da cromatina em cobaias, inibindo reparo
de DNA e agindo como promotor do câncer.
A relação chumbo - síndrome associada
ao sistema nervoso central depende do tempo e da especificidade
das manifestações. Destaca-se a síndrome
encéfalo-polineurítica (alterações
sensoriais, perceptuais, e psicomotoras), síndrome
astênica (fadiga, dor de cabeça, insônia,
distúrbios durante o sono e dores musculares),
síndrome hematológica (anemia hipocrômica
moderada e aumento de pontuações basófilas
nos eritrócitos), síndrome renal (nefropatia
não específica, proteinúria, aminoacidúria,
uricacidúria, diminuição da depuração
da uréia e do ácido úrico), síndrome
do trato gastro-intestinal (cólicas, anorexia,
desconforto gástrico, constipação
ou diarréia), síndrome cardiovascular
(miocardite crônica, alterações
no eletrocardiograma, hipotonia ou hipertonia, palidez
facial ou retinal, arteriosclerose precoce com alterações
cerebrovasculares e hipertensão) e síndrome
hepática (interferência de biotransformação).