O ferro é um elemento essencial para os seres vivos, necessário na ordem de miligramas bem como o zinco, cobre e manganês.

O corpo de um homem de 70 kg contém cerca de 4 g de ferro, 65% dos quais circulam no sangue sob a forma de molécula transportadora de oxigênio, isto é, a hemoglobina. Cerca da metade do restante fica armazenada no fígado, no baço, e na medula óssea, principalmente sob a forma de ferritina e hemossiderina. Os valores para um adulto do sexo feminino correspondem cerca de 55% dos valores verificados para o sexo masculino. Como a maior parte do ferro no organismo humano integra ou está destinado a integrar a hemoglobina nas hemácias, o resultado clínico mais evidente da deficiência de ferro, é a anemia.

As necessidades diárias normais de ferro, são de aproximadamente 5 mg no sexo masculino adulto, 15 mg para crianças em fase de crescimento, e para mulheres em idade fértil. Uma gestante, por exemplo, necessita entre 2 e 10 vezes esse valor, tendo em vista as necessidades do feto e da mãe. Cada gestação custa à mãe 680 mg de ferro, que equivalem 1.300 ml de sangue em virtude das necessidades do feto.

Os efeitos indesejáveis da administração oral de ferro, são relacionados com a dose, e incluem náuseas, cólicas abdominais, e diarréia.

A intoxicação aguda pelo ferro, ocorre após a ingestão de grandes quantidades de sais de ferro. Essa intoxicação pode produzir gastrite necrosante grave, com vômitos, hemorragia e diarréia, acompanhados de colapso circulatório.

Referência

Rang, H. P., Dale, M. M. & Ritter, J. M. Farmacologia. 3a. ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 1997. p. 378-381.

Oga, S. Fundamentos de Toxicologia. Atheneu. São Paulo. 1996. p. 441.