Xeroderma Pigmentosum

From Laboratório de Reparo de DNA

Diferença entre revisões)

Revisão de 18:46, 1 Junho 2007

Deficiências na via de reparo conhecida como NER levam a deficiências no reparo do DNA e ao desenvolvimento de doenças autossômicas recessivas, como Xeroderma Pigmentosum (XP), síndrome de Cockayne (CS), tricotiodistrofia (TTD), síndrome cérebro-óculo-fácio-esquelética (COFS) e a síndrome XP combinada com DeSanctis-Cacchione (XP-DSC), que apresentam em comum a fotossensibilidade. Defeitos em sete diferentes genes do NER (grupos de complementação XPA-G), e mais um grupo variante (XPV) levam ao fenótipo clínico de XP, que foi a primeira síndrome humana caracterizada como deficiente para uma via de reparo de DNA. Os pacientes portadores da síndrome Xeroderma Pigmentosum apresentam elevada fotossensibilidade, e elevada incidência de câncer de pele, sendo que o risco do desenvolvimento desse tipo de câncer é de cerca de 1000 vezes maior que a média da população. Desenvolvem principalmente carcinomas baso e espino celulares, e em menor freqüência os melanomas. Muitos pacientes XP morrem de neoplasia, diminuindo a expectativa de vida em cerca de 30 anos, e possuem o risco de 10 a 20 vezes maior de desenvolver diversos tipos de câncer internos antes de completar 20 anos. Uma parte dos pacientes XP apresenta características clínicas também de CS, uma doença específica para TCR (uma subvia de NER). O bloqueio de TCR, em especial em relação às lesões oxidativas, parece estar relacionado ao fenótipo CS devido a um acúmulo dessas lesões. Caso não sejam reparados, esses danos poderiam ser a razão da neurodegeneração em pacientes XP/CS. Assim, a síndrome XP/CS apresenta desenvolvimento retardado, nanismo, anormalidades neurológicas, em adição a sensibilidade solar e outras anormalidades do fenótipo XP, como o câncer de pele.

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