Melissa Gava Armelini

From Laboratório de Reparo de DNA

Diferença entre revisões)
Revisão de 12:31, 6 Julho 2007
Regina (Discussão | contribs)

← Ver a alteração anterior
Revisão atual
Stespano (Discussão | contribs)

Linha 2: Linha 2:
{| {|
|- |-
 +|[[Image:melissa.jpg|150px|left]]
|Sou graduada em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo e doutorada em Ciências também pela Universidade de São Paulo. Atualmente sou pós-doc do Laboratório de Reparo de DNA. |Sou graduada em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo e doutorada em Ciências também pela Universidade de São Paulo. Atualmente sou pós-doc do Laboratório de Reparo de DNA.
|- |-
Linha 8: Linha 9:
==Resumo do Projeto== ==Resumo do Projeto==
-Em todos os organismos vivos, o DNA está continuamente exposto a agentes que causam danos à sua estrutura e um desses agentes é a luz solar. A luz ultravioleta do sol gera principalmente dois tipos de lesões, os CPDs e os 6-4PPs. Essas lesões causam grandes distorções na dupla hélice de DNA e são reparadas por um mecanismo denominado NER. A proteína XPA está envolvida nos passos iniciais do NER e atua no reparo de genes transcritos e também nos genes não-transcritos. Mutações no gene XPA causam uma doença hereditária conhecida como Xeroderma Pigmentosum (XP). Esses pacientes apresentam alto nível de fotossensibilidade à luz solar nas regiões expostas do corpo resultando no desenvolvimento de câncer de pele em uma taxa 1000 vezes maior do que indivíduos normais. Um bom modelo para estudar a síndrome humana XP são os camundongos nocaute XPA. Eles também desenvolvem câncer de pele após exposição à luz UV em altas taxas, mimetizando o fenótipo humano. Não existe tratamento efetivo para os pacientes XP, sendo que evitar completamente a luz ainda é a prevenção mais eficaz contra o aparecimento de câncer de pele nesses pacientes. Tal fato faz com que essas crianças sejam conhecidas como crianças da lua, pois precisam adaptar suas vidas ao ambiente noturno e dessa forma não tem uma vida social normal. Baseados nisso, durante o doutorado, desenvolvemos vetores recombinantes adeno-associado (rAAV) portando o gene XPA fusionado com o gene repórter EGFP com o intuito de desenvolver protocolos de terapia gênica para os pacientes XP. Em experimentos preliminares, os camundongos nocaute XPA -/-, infectados com esse vetor e posteriormente irradiados, mostraram uma recuperação da pele mais rápida do que aqueles animais sem tratamento quando observados macroscopicamente. Durante o pós-doutorado, propomos confirmar esses dados iniciais e verificar a durabilidade da expressão do transgene após injeção subcutânea e também a verificar se existe alguma resposta imunológica após reaplicação do vetor de diferente sorotipo. Com isso verificaremos, in vivo, a viabilidade da utilização dos vetores AAV para terapia gênica em pacientes XP e consequentemente a utilização desses mesmos vetores em outras doenças de pele. +Em todos os organismos vivos, o DNA está continuamente exposto a agentes que causam danos à sua estrutura e um desses agentes é a luz solar. A luz ultravioleta do sol gera principalmente dois tipos de lesões, os CPDs e os 6-4PPs. Essas lesões causam grandes distorções na dupla hélice de DNA e são reparadas por um mecanismo denominado NER. A proteína XPA está envolvida nos passos iniciais do NER e atua no reparo de genes transcritos e também nos genes não-transcritos. Mutações no gene XPA causam uma doença hereditária conhecida como Xeroderma Pigmentosum (XP). Esses pacientes apresentam alto nível de fotossensibilidade à luz solar nas regiões expostas do corpo resultando no desenvolvimento de câncer de pele em uma taxa 1000 vezes maior do que indivíduos normais. Um bom modelo para estudar a síndrome humana XP são os camundongos nocaute XPA. Eles também desenvolvem câncer de pele após exposição à luz UV em altas taxas, mimetizando o fenótipo humano. Não existe tratamento efetivo para os pacientes XP, sendo que evitar completamente a luz ainda é a prevenção mais eficaz contra o aparecimento de câncer de pele nesses pacientes. Tal fato faz com que essas crianças sejam conhecidas como crianças da lua, pois precisam adaptar suas vidas ao ambiente noturno e dessa forma não tem uma vida social normal. Baseados nisso, durante o doutorado, desenvolvemos vetores recombinantes adeno-associado (rAAV) portando o gene XPA fusionado com o gene repórter EGFP com o intuito de desenvolver protocolos de terapia gênica para os pacientes XP. Em experimentos preliminares, os camundongos nocaute XPA -/-, infectados com esse vetor e posteriormente irradiados, mostraram uma recuperação da pele mais rápida do que aqueles animais sem tratamento quando observados macroscopicamente. Durante o pós-doutorado, propomos confirmar esses dados iniciais e verificar a durabilidade da expressão do transgene após injeção subcutânea e também a verificar se existe alguma resposta imunológica após reaplicação do vetor de diferente sorotipo. Com isso verificaremos, in vivo, a viabilidade da utilização dos vetores AAV para terapia gênica em pacientes XP e consequentemente a utilização desses mesmos vetores em outras doenças de pele.
==Publicações== ==Publicações==
 +
 +[[:Image:Armelini et al-HET 2007.pdf| Armelini, MG, Lima-Bessa, KM, Marchetto, MCN, Muotri, AR, Chiganças, V, Leite, RA, Carvalho, H and Menck CFM. (2007) Exploring DNA damage responses in human cells with recombinant adenoviral vectors. Human & Experimental Toxicology, 26: 899–906.]]
•Menck CFM, Armelini MG, Lima-Bessa. On the search of skin gene therapy strategies for xeroderma pigmentosum disease. Current Gene Therapy, 2007 Jun;7(3):163-74. •Menck CFM, Armelini MG, Lima-Bessa. On the search of skin gene therapy strategies for xeroderma pigmentosum disease. Current Gene Therapy, 2007 Jun;7(3):163-74.

Revisão atual

Sou graduada em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo e doutorada em Ciências também pela Universidade de São Paulo. Atualmente sou pós-doc do Laboratório de Reparo de DNA.

Resumo do Projeto

Em todos os organismos vivos, o DNA está continuamente exposto a agentes que causam danos à sua estrutura e um desses agentes é a luz solar. A luz ultravioleta do sol gera principalmente dois tipos de lesões, os CPDs e os 6-4PPs. Essas lesões causam grandes distorções na dupla hélice de DNA e são reparadas por um mecanismo denominado NER. A proteína XPA está envolvida nos passos iniciais do NER e atua no reparo de genes transcritos e também nos genes não-transcritos. Mutações no gene XPA causam uma doença hereditária conhecida como Xeroderma Pigmentosum (XP). Esses pacientes apresentam alto nível de fotossensibilidade à luz solar nas regiões expostas do corpo resultando no desenvolvimento de câncer de pele em uma taxa 1000 vezes maior do que indivíduos normais. Um bom modelo para estudar a síndrome humana XP são os camundongos nocaute XPA. Eles também desenvolvem câncer de pele após exposição à luz UV em altas taxas, mimetizando o fenótipo humano. Não existe tratamento efetivo para os pacientes XP, sendo que evitar completamente a luz ainda é a prevenção mais eficaz contra o aparecimento de câncer de pele nesses pacientes. Tal fato faz com que essas crianças sejam conhecidas como crianças da lua, pois precisam adaptar suas vidas ao ambiente noturno e dessa forma não tem uma vida social normal. Baseados nisso, durante o doutorado, desenvolvemos vetores recombinantes adeno-associado (rAAV) portando o gene XPA fusionado com o gene repórter EGFP com o intuito de desenvolver protocolos de terapia gênica para os pacientes XP. Em experimentos preliminares, os camundongos nocaute XPA -/-, infectados com esse vetor e posteriormente irradiados, mostraram uma recuperação da pele mais rápida do que aqueles animais sem tratamento quando observados macroscopicamente. Durante o pós-doutorado, propomos confirmar esses dados iniciais e verificar a durabilidade da expressão do transgene após injeção subcutânea e também a verificar se existe alguma resposta imunológica após reaplicação do vetor de diferente sorotipo. Com isso verificaremos, in vivo, a viabilidade da utilização dos vetores AAV para terapia gênica em pacientes XP e consequentemente a utilização desses mesmos vetores em outras doenças de pele.

Publicações

Armelini, MG, Lima-Bessa, KM, Marchetto, MCN, Muotri, AR, Chiganças, V, Leite, RA, Carvalho, H and Menck CFM. (2007) Exploring DNA damage responses in human cells with recombinant adenoviral vectors. Human & Experimental Toxicology, 26: 899–906.

•Menck CFM, Armelini MG, Lima-Bessa. On the search of skin gene therapy strategies for xeroderma pigmentosum disease. Current Gene Therapy, 2007 Jun;7(3):163-74.

•Melissa G. Armelini, Keronninn M. Lima-Bessa, Maria Carolina N. Marchetto, Alysson R. Muotri, Vanessa Chiganças, Ricardo A. Leite, Helotonio Carvalho, Carlos FM Menck. Exploring DNA damage responses in human cells with recombinant adenoviral vectors. Human Experimental & Toxicology, in press.

•Keronninn Moreno Lima-Bessa, Vanessa Chiganças, Anne Stary, Patricia Kannouche, Alain Sarasin, Melissa Gava Armelini, Jacqueline de Fatima Jacysyn, Gustavo P. Amarante-Mendes, James E Cleaver and Carlos Frederico Martins Menck. Adenovirus mediated transduction of the human DNA polymerase eta cDNA. DNA Repair, DNA Repair, 2006 Aug 13;5(8):925-34.

•Armelini MG, Muotri AR, Marchetto MC, de Lima-Bessa KM, Sarasin A, Menck CF. Restoring DNA repair capacity of cells from three distinct diseases by XPD gene-recombinant adenovirus. Cancer Gene Ther. 2005 Apr;12(4):389-96.

Ferramentas pessoais
Outras línguas