QUESTÕES ORIENTADORAS (Profa. Sonia)
Disciplina: FISIOLOGIA DE MEMBRANAS  -  BMB113  -  2003



TRANSMISSÃO NEUROMUSCULAR

1. Distingua farmacologicamente as sinápses colinérgicas nicotínicas das muscarínicas e dê exemplo de cada uma.
2. Descreva anatomicamente as regiões da placa motora de um múculo esquelético de vertebrado e a zona ativa da fibra pré-sinaptica.
3. O que é uma unidade motora?
4. Indique as diferenças entre o potencial de placa terminal (PPT) da junção  neuromuscular do potencial de ação (PA) do sarcolema. Como os dois podem ser dissociados farmacologicamente?
5. Como o PPT se propaga ao longo da placa motora? Por que ele é capaz de estimular a região adjacente à placa e gerar um PA no sarcolema?
6. Quais são os íons envolvidos na gênese do PPT? Como é a condutância iônica do canal do receptor nicotínico da placa motora relativamente aos íons Na+ e K+?
7. O que indica o potencial de reversão do PPT? Qual é o seu valor? Por que a corrente resultante através do canal do receptor nicotínico é zero no potencial de reversão do PPT? Quais são as evidências experimentais de que os ions Na+ e K+ participam da corrente de placa?  Quais os sentidos das INa+ e IK+ quando o canal do receptor se abre?
8. Como variam as correntes iônicas de Na+ e de K+  quando a membrana da placa motora é clampeada desde –100 mV até +55 mV?
9. Como são obtidas medidas das correntes unitárias no canal da placa motora? Quais os fatores que determinam as cinéticas de abertura e de fechamento dos canais dependentes de acetilcolina da placa motora? Do que depende a intensidade da corrente macroscópica da placa motora?
10. O que são minipotenciais ou potenciais de placa em miniatura (PPTm)? Quais são as suas semelhanças e diferenças com o potencial de placa terminal?
11. O que se entende por liberação quântica de acetilcolina?
12. Esquematise, em seqüência temporal, os eventos que ocorrem desde a chegada do potencial de ação no terminal pré-sinaptico até a gênese do PPT na junção neuromuscular e do PA no sarcolema.
13. Descreva os processos de síntese, hidrólise, armazenamento e liberação da acetilcolina na fibra muscular esquelética. Como a colina é recapturada pelo terminal pré-sináptico? Qual é o papel fisiológico da acetilcolina-esterase na transmissão neuromuscular? Onde esta enzima se localiza?
14. O que são botulismo, tétano e como estas patologias afetam a transmissão sináptica? O que é miastenia grave? Quais são as alterações anatômicas que ocorrem na placa motora nesta patologia? Como os receptores para a acetilcolina são alterados? Por que os anticolina-esterásicos melhoram a fraquesa muscular? O que é síndrome miastênica? No que difere a miastenia grave adquirida da hereditária?

TRANSMISSÃO SINÁPTICA

1. Faça distinção entre sinapses elétricas e químicas quanto:
(a) as suas anatomias;
(b) os tipos de sinais transmitidos
(c) as velocidades de transmissão de sinais;
(d) a direção e a polaridade dos sinais;
(e) ao retardo sináptico;
(f) à plasticidade dos tipos de sinápses;
 (g) à ocorrência de sinápses elétricas em tecidos não neurais, dando 2 exemplos;
2. O que são sinápses elétricas retificadoras e não retificadoras?
3. Explique as bases iônicas do PEPS e do PIPS. Quais são os valores dos seus potencias de reversão e o que os mesmos indicam?
4. O que determina se uma sinápse é excitatória ou inibitória. Dê exemplos de sinápses nas quais o neurotransmissor é o mesmo mas a natureza da resposta é distinta.
5. O que são receptores ionotrópicos e metabotrópicos? Dê exemplos dos dois tipos e descreva as etapas envolvidas na transmissão sináptica tendo como segundos mensageiros o AMPc e o IP3 e DAG.
6. Distingua uma sinápse do sistema nervoso central (SNC) da junção neuromuscular com relação com relação à amplitude dos sinais transmitidos; natureza dos mesmos e relação numérica entre fibras pré e pos-sinápticas.
7. Discuta com o ion Cl, mesmo estando em equíbrio eletroquímico através da membrana pós-sináptica (e, portanto, não deve apresentar fluxo resultante quando a condutância do seu canal aumenta) pode contribuir para o funcionamento de uma sinápse inibitória, onde o mediador químico causa abertura de canais para Cl-.
8. Discuta a diferença entre os canais iônicos de um axônio e os de uma sinápse e, também, o mecanismo de transmissão de sinais no axônio e nas sinápses.
9. Como ocorrem as somações temporal e espacial nas sinápses? Quais são os papeis das constantes de tempo e de espaço da membrana pós-sináptica sobres estes processos?
10. Discuta o papel do Ca2+ como o mensageiro que acopla a despolarização do terminal pré-sináptico à liberação do neurotransmissor?
12. Como ocorrem a inibição e a faciltação pré-sinápticas?
13. O que é potenciação tetânica e pós-tetânica e como as mesmas são relacionadas com memória?


ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO  EM MÚSCULO ESQUELÉTICO

1. Faça uma recapitulação da estrutura da fibra muscular esquelética e do mecanismo molecular da contração muscular.
2. Analise a relação temporal entre o evento elétrico, a elevação da concentração de Ca2+ intracelular e o aumento de tensão numa fibra muscular. Discuta algumas evidências de que o Ca2+  que aparece no mioplasma é de origem intracelular.
3. O que é a tríade ou junção T-SR?
4. O que são os "pés" das tríades?
5. A que se deve a pós-despolarização tardia numa fibra muscular esquelética? Qual é o seu significado fisiológico? Qual é a importância de uma condutância alta a Cl- observada em fibra muscular esquelética de mamífero?
6. Quais são os mecanismos que regulam a concentração de Ca2+ intracelular?
7. Qual é a importância do RS e do STT na distribuição intracelular de Ca2+ na fibra?
8. Quais são os processos de membrana envolvidos na acumulação e na extrusão de Ca2+ na fibra?
9. Com relação ao acoplamento entre a despolarização do STT e a liberação de Ca2+ pelo RS, analise as seguintes hipóteses: (a) acoplamento elétrico nas junções T-RS; (b) "movimentos de carga" ou "gating currents" registrados em músculo esquelético e bloqueáveis por dihidropiridina; (c) sinalização entre os "pés" e os receptores de dihidropiridina acoplando o canal de Ca2+ do RS, (d) envolvimento de mensageiros intracelulares.